O curso se propõe a discutir os critérios diagnósticos do transtorno do espectro autista estabelecidos pela Associação Americana de Psiquiatria, bem como condições neurologicamente relacionadas.
Nosso objetivo é fazer com que você seja capaz de perceber, de forma clara, os principais sinais e sintomas deste que é, certamente, um dos transtornos mais complexos do neurodesenvolvimento: o autismo.
MÓDULO 1: Fundamentos para Diagnóstico Clínico para TEA – Dr. Paulo Liberalesso
O transtorno do espectro autista tem se tornado, particularmente na última década, um dos temas mais relevantes no campo das neurociências em todo o mundo.
O grande número de pesquisas, quer no campo clínico e epidemiológico, quer no campo da pesquisa básica e genética, tem levado a uma rápida expansão do conhecimento a respeito do comportamento humano e sua variabilidade. Termos como “neurodiversidade”, “inclusão” e “comportamento humano” nunca foram tão presentes em nossa sociedade como nos dias atuais.
Costumamos dizer que nas condições que alteram o neurodesenvolvimento, entre elas o autismo, estamos sempre em uma constante luta contra o tempo. Ou seja, diagnóstico precoce significa tratamento precoce e, consequentemente, intervenções precoces. Estudos clínicos de acompanhamento evolutivo de crianças autistas demonstram, claramente, que intervenções precoces, em qualidade e intensidade adequadas, estão intimamente relacionadas à melhor prognóstico e qualidade de vida da pessoa autista e de sua família.
Assim, é nesse contexto que nosso curso se propõe a discutir os critérios diagnósticos do transtorno do espectro autista estabelecidos pela Associação Americana de Psiquiatria, bem como condições neurologicamente relacionadas.
Esperamos que ao final do curso você seja capaz de perceber de forma clara os principais sinais e sintomas deste que é, certamente, um dos transtornos mais complexos do neurodesenvolvimento: o autismo.
MÓDULO 2: Instrumentos Auxiliares para Diagnóstico do TEA – Neide Calazans
Tendo-se por base a centralidade do tratamento precoce para o melhor prognóstico em casos de transtornos do neurodesenvolvimento e conhecendo-se a realidade brasileira de diagnósticos tardios, por volta dos 5 anos de idade, existe, no país, a obrigatoriedade de aplicação de instrumentos de avaliação de risco psíquico em consultas pediátricas no âmbito do Sistema Único de Saúde para todas as crianças até os 18 meses.
Falando especificamente do autismo, com base nos critérios de diagnóstico do DSM, vários instrumentos foram padronizados, com os objetivos de (1) favorecer a detecção precoce dos sinais; (2) de auxiliar na definição do diagnóstico; (3) de unificar a linguagem entre profissionais médicos, equipes clínicas, educadores, familiares e pesquisadores.
Os instrumentos são organizados como entrevistas ou como observação direta do comportamento do cliente. Embora alguns exijam treinamento específico, muitos dos instrumentos são de livre aplicação por todas as categorias de profissionais da saúde ou educação.
Contudo, como se tratam de instrumentos auxiliares, a correta aplicação exige que o avaliador detenha conhecimento sobre o desenvolvimento infantil e sobre os critérios de diagnóstico do TEA.
No módulo sobre “Instrumentos Auxiliares para Diagnóstico do TEA” serão apresentadas algumas das ferramentas mais utilizadas no Brasil e, com isso, espera-se que os participantes do curso possam conhecer algumas das opções disponíveis a fim de julgarem a conveniência de adotá-los em sua prática clínica, na rotina educacional especializada ou para a ampliação do conhecimento dos pais acerca das possibilidades de auxílio ao diagnóstico e de acompanhamento da evolução do tratamento de seus filhos.
Por fim, apresentaremos o módulo “Procedimentos Elementares da Intervenção Baseada em Evidências” com sugestões para que as famílias possam ser orientadas quanto aos passos seguintes à confirmação do diagnóstico, compreendendo quais são os elementos cruciais desse modelo de intervenção para pessoas com TEA.
OBJETIVO: Discutir o uso dos instrumentos de auxílio ao diagnóstico; apresentar alguns instrumentos de triagem utilizados no Brasil: M-CHAT-R/F, ATA e PRO-TEA
Apresentar alguns instrumentos para diagnóstico e acompanhamento clínico da evolução do tratamento: CARS, ADOS-2, ADI-R; discutir orientações aos familiares: o que fazer após o diagnóstico?; apresentar os primeiros passos da intervenção baseada em evidências: avaliação inicial, planejamento, intervenção, supervisão.
Ao final do curso, você será capaz de:
– Perceber de forma clara os principais sinais e sintomas do autismo;
– Discutir o uso dos instrumentos de auxílio ao diagnóstico;
– Reconhecer alguns instrumentos de triagem utilizados no Brasil;
– Saber como proceder após o diagnóstico;
– Reconhecer e utilizar alguns instrumentos para diagnóstico e acompanhamento clínico da evolução do tratamento;
– Lidar com os primeiros passos da intervenção baseada em evidências: avaliação inicial, planejamento, intervenção, supervisão.
Público Alvo: Familiares, professores, cuidadores, terapeutas e interessados em áreas afins.