Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) (2014) o TEA, Transtorno do Espectro do Autismo, é marcado por prejuízos na comunicação e interação social (Critério A) e por presença de padrões comportamentais, interesses, atividades restritas e repetitivas (Critério B). Sendo esses sintomas presentes desde o início da infância, prejudicando e limitando o funcionamento diário (Critérios C e D). O diagnóstico deve ser realizado através de múltiplas fontes de informação, incluindo observação direta da criança e entrevistas com pais e cuidadores. O manual ainda acrescenta que dentre outras características estão a atenção compartilhada prejudicada, dificuldades para gesticular e comprometimento intelectual.
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Dessa maneira, vemos que o transtorno é caracterizado pela ausência de repertórios comportamentais como déficits na comunicação e prejuízo no estabelecimento de interações sociais da criança com seu ambiente; como também pela presença de comportamentos motores repetitivos (estereotipias), como balançar as mãos e girar objetos e a repetição de sons sem intenção comunicativa ou a repetição de frases ou palavras descontextualizadas (ecolalia) e presença de padrões fixos como intolerância a mudança e apego excessivo a rotinas.
Além disso, crianças com autismo podem apresentar ainda dificuldades para se colocar no lugar do outro e entender como a outra pessoa se sente em determinada situação, supor o que os outros estão pensando, ser capaz de prever o que vai ocorrer, não gostar de contato físico, andar na ponta dos pés, sentir aversão a barulhos, ter instabilidade de humor, alterações sensoriais, preferencia por brincadeiras relacionadas a empilhar ou enfileirar coisas, dificuldades na motricidade fina, dentre outros.
Sendo assim, são sobre essas características que a equipe multidisciplinar, que pode ser composta por psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, educador físico, médico, pedagogo; dentre outros, vai agir na tentativa de ampliar o repertório comportamental e ensinar habilidades; tais como: imitar, seguir instruções, sentar, manter contato visual, brincar, manter o equilíbrio corporal, reconhecer objetos, tomar banho, usar o toalete, adquirir habilidades sociais e de comunicação, ler e escrever, por exemplo, que facilitarão a aprendizagem, o desenvolvimento e a vida da criança em diferentes aspectos.
Por outro lado, a equipe vai agir também para minimização e substituição de comportamentos problemas, como birra, auto e hétero agressão; muito comuns em pessoas com TEA; por comportamentos adequados. Em alguns casos é necessário tratamento medicamentoso realizado por um psiquiatra ou neuropediatra.
É importante salientar que pais, professores e profissionais da saúde devem estar atentos aos sinais de atraso no desenvolvimento da criança para identificá-los e buscar ajuda profissional especializada o quanto antes, pois mesmo que não haja diagnóstico fechado ainda, a estimulação terapêutica adequada pode e deve ser provida nesses casos.
Diante do exposto, fica evidente a importância da utilização no tratamento de procedimentos que possibilitem a minimização ou superação das dificuldades presentes no repertório de pessoas com autismo, pois, dessa maneira, pode-se contribuir para o ensino de habilidades e comportamentos importantes ao bom desenvolvimento dessas pessoas enquanto seres humanos.
Assim, a pós-graduação em Transtorno do Espectro do Autismo visa oferecer importantes contribuições no que concerne a qualificação profissional nas múltiplas áreas do saber, tendo como objetivo máximo o desenvolvimento de habilidades profissionais que contribuam para um atendimento especializado de qualidade e que impacte positiva e diretamente no desenvolvimento, na aprendizagem e na vida dessas crianças e de suas famílias
Objetivo Geral:
Formar do ponto de vista multiprofissional e interdisciplinar, profissionais especializados no Transtorno do Espectro do Autismo.
Objetivos Específicos:
Estudar os principais modelos terapêuticos de intervenção aplicados ao TEA;
Capacitar profissionais de múltiplas áreas para o atendimento a criança com TEA;
Estudar as características motoras, sensoriais, de linguagem, cognitiva, neural e comportamental do transtorno;
Contribuir para a formação profissional e o desenvolvimento de protocolos de intervenção eficazes e baseados em experimentação científica;
Público alvo:
Graduados na área de Educação, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Medicina, Fisioterapia, Pedagogia, Psicologia e licenciados em áreas afins.